Reforma da Previdência: na versão final aprovada no Senado, quais mudanças podem ajudar a economia?

Entregue pelas mãos do presidente Jair Bolsonaro ao Congresso Nacional em fevereiro, a proposta do governo de reforma da Previdência passou pela sua prova final na noite desta terça-feira (22).

"O Parlamento brasileiro aprova a maior reforma da Previdência da história", disse o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, antes de anunciar o resultado da votação principal, em discurso que também registrou a presença em Plenário do ministro da Economia, Paulo Guedes.

"O Parlamento mostra maturidade política, mostra responsabilidade. O Congresso Nacional cumpre com as suas responsabilidades. O Parlamento brasileiro entrega a maior reforma da Previdência da história deste país para o Brasil e para os 210 milhões de brasileiros. Obrigado a todos os senadores pela paciência", disse, segundo a Agência Senado.

Projetada inicialmente para reduzir em R$ 1 trilhão em dez anos os gastos públicos com aposentadorias e benefícios, nas previsões anunciadas em fevereiro por Guedes, a versão aprovada na noite de ontem deve gerar uma economia mais modesta, próxima de R$ 800 bilhões para o mesmo período. O crescimento desenfreado dos gastos públicos é apontado por muitos especialistas como o maior risco atual para a saúde econômica do país, que também amarga um contingente de mais de 12 milhões de desempregados e o aumento da pobreza extrema.

Como o texto muda a Constituição, a reforma não precisará da sanção do presidente para entrar em vigor. Passa a valer assim que, depois de aprovados os destaques, for promulgada pelo Congresso, com a assinatura de Alcolumbre.

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